sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ninguém gosta dele mas ...

Quem rouba o “Estado ladrão” deve ter 100 anos de perdão - 5-Nov-2010 - 17:14 Nem sempre vou à missa com o presidente do governo regional da Madeira. Não deixo, contudo, de muitas vezes (descontado o populismo e alguma demagogia) de muitas vezes estar de acordo com Alberto João Jardim. Um exemplo, embora não tanto pela matéria de facto que apresenta (acumulação das reformas com salários no sector público) é quando ele, como agora conteceu, diz que o Estado socialista português “é ladrão”.Por Orlando Castro Jornalista Seja como for, não creio que o Estado socialista de José Sócrates seja ladrão. Isto porque, segundo o deputado, também e obviamente socialista, Ricardo Rodrigues, o Governo se limiata a “tomar posse” daquilo que é dos outros, tal como ela fez em relação aos gravadores dos jornalistas da Sábado. Tudo isto deve levar os portugueses a porem em prática o provérbio que diz: ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão. E por muito que roubem, os portugueses vão sempre ficar a milhas do que faz o governo e do que o governo permite que se faça (Face Oculta, Operação Furacão, Free Port, BPN, BPP etc. etc.). Num cenário de 700 mil desempregados, 20% da população já a viver sem comer e outros 20% a viver com o espectro da fome a bater à porta, creio que a solução é mesmo (seguindo, aliás, o exemplo do próprio sumo pontífice socialistas que lidera o governo) não olhar a meios para atingir o objectivo de não ter os pratos vazios. O governo socialista, que dança o tango (perante uma assistência de tanga) com os sociais-democratas, diz às segundas, quartas e sextas que não haverá aumentos impostos. Às terças, quintas e sábados aumenta-os. Ao domingo estuda a forma de arranjar alternativas para cobrar mais algumas coisas. Para além de tudo (impostos e mais impostos, desemprego e mais desemprego, miséria e mais miséria) o governo socialista, com a bênção do PSD, continua a tratar os cidadãos como uma casta menor, intelectualmente estúpia. José Sócrates (que além de primeiro-ministro é o parceiro – mesmo que esporádico- de tango de Pedro Passos Coelho) disse na campanha eleitoral que não aumentaria a carga fiscal, reafirmando o mesmo no Programa de Governo. Mudam-se os tempos, mudam-se as exigências, mantêm-se os burros de carga. Tão burros, segundo o Governo, que vão agora pagar tudo o que os cérebros socialistas entendam como necessário para que os amigos, os assessores, os amigos dos amigos, continuem a chular o país à grande e à Sócrates. 05.11.2010 orlando.s.castro@gmail.com